Você sabia que  80% das mulheres tem pensamentos autodepreciativos ao longo do dia?  Sim, isso é o resultado de uma pesquisa que mostrou que as mulheres passam uma parte do dia se autodepreciando mentalmente em relação a: ⠀

 

– imagem corporal, ⠀

– desempenho no trabalho; e, ⠀

– o que os outros pensam sobre ela. ⠀

 

Uma mulher que se vale da autodepreciação está, na verdade a se desvalorizar como pessoa, a desvalorizar suas qualidades, sua imagem, suas capacidades, habilidades e virtudes. É uma maneira negativa de olhar para si mesma. 

 

Agora pensa comigo, se a autodepreciação é tudo isso de ruim, dá pra imaginar o resultado desse tipo de pensamento ao longo do dia, né?

 

Mas, pode ser ainda mais desafiador, uma pessoa tem em média cerca de 20 mil pensamentos por dia, dos quais 90% é a mera repetição dos pensamentos do dia anterior. Se você faz parte do grupo de mulheres que tem pensamentos autodepreciativos ao longo dia, imagine esse conjunto de pensamentos nocivos sendo alimentado diariamente e suas consequências?

 

Dá pra imaginar o resultado disso, n​é​? ⠀

.

Como você pretende ter autoestima em dia​ ​ e se sentir bem na sua própria pele, se a maior parte do tempo a  sua atenção está voltada para algo que não é você e sobre o qual você não tem poder algum​ (o que pensam sobre você, por exemplo)​

 

Pois bem, fica aqui comigo que hoje nós vamos tratar de um assunto de extrema importância e que traz impactos significativos para a nossa existência, nossa produtividade, nosso potencial de realização, nossos relacionamentos e a nossa felicidade. 

 

Sim, vamos falar de autoestima da mulher moderna!!

 

 

O que é autoestima? 

 

De maneira bem simplificada, a autoestima pode ser entendida como o valor que você atribui a si mesma. É uma opinião pessoal, a sua própria opinião sobre quem você é, suas capacidades, habilidades, aparência física, inteligência, ou seja, a autoestima é uma espécie de autoavaliação pessoal em que a pessoa valora si mesma, negativa ou positivamente. 

 

Quanto mais positiva é essa avaliação, maior é a autoestima, quanto mais negativa, maior é baixa autoestima.

 


O que define a autoestima? 

 

Como já se pode imaginar, a autoestima reflete diretamente em todas  as áreas da nossa vida. Ela não só influencia nossos pensamentos, como nossas decisões, comportamentos e até mesmo o nosso futuro, a partir do que estamos construindo hoje, no presente. 

 

Mas, como é que é definida a autoestima? A autoestima é construída a partir das experiências que vivenciamos ao longo da vida, com ênfase para a as experiências que vivenciamos na nossa infância, aqui está a base da autoestima. 

 

A partir do que vivemos, do que ouvimos ou vemos, do que observamos no comportamento dos adultos com os quais convivemos na infância,  criamos as nossas próprias regras de vida e, claro, a noção de valor pessoal. 

 

Fato é que as vivências da infância são essenciais na construção da nossa personalidade e, consequentemente, da nossa autoestima. É nessa fase que nos conectamos, ainda que inconscientemente com valores importantes que irão moldar as nossas escolhas quando adultas. E muitas vezes não relacionamos os fatos, mas a nossa maneira de agir hoje, na vida adulta tem a ver com as experiências negativas ou positivas que vivenciamos nos nossos primeiros anos de vida. 

 

Não por acaso, as experiências negativas que vivenciamos na infância e os traumas que sofremos tem um efeito tão intenso, mesmo que seja sutil, na nossa experiência de vida adulta. Pensamos, sentimentos e agimos com base nessa construção da infância. 

 

A baixa autoestima, como já já percebemos, tem relação com essas experiências negativas e também com traumas que vivenciamos. A maneira como fomos tratadas, o que vimos, vivemos e sentimentos podem nos levar a desenvolver uma imagem equivocada a respeito de quem somos, nossos valores e comportamentos. 

 

Ao olhar para nossa história, em especial a infância, é possível identificar experiências negativas que podem ter levado à baixa autoestima. Por exemplo:

 

 

  • Castigos frequentes, sejam do tipo físico ou emocional. Por exemplo, a criança era frequentemente estapeada, empurrada, apanhava para ficar com marcas e feridas no corpo. Castigos que privavam do convívio familiar ou social (o quarto escuro, por exemplo).
  • Privação do amor e do carinho como deixar de falar com a criança, ignorar sua presença, não lhe dar atenção de maneira intencional.
  • Abusos sexuais por pessoas da família ou não.
  • A sensação de que não era amada o suficiente, de que as pessoas da sua família não a amavam ou achavam você importante ou especial. Aqui também pode ser a ideia de que naquela família as pessoas não cuidavam uns dos outros e não se apoiavam. 
  • Viver numa família ou conviver muito proximamente com pessoas com algum tipo de vício como alcoolismo ou drogas. 
  • Presenciar atos agressivos como empurrões, chutes, socos, ou ameaças com arma ou faca contra a mãe ou madrasta. 
  • Situações de negligência física ou emocional, como não ter o suficiente para comer, ou usar roupas sujas, não ter alguém alguém para levá-la ao médico. 
  • Estar na condição de ter que “cuidar” do estresse ou da dor e desespero de uma outra pessoa, como o pai que compartilha com a criança o sofrimento pela separação e responsabiliza a mãe por não estar em casa com os filhos. 

 

Essas situações e muitas outras, não só podem fazer que a pessoa desenvolva baixa autoestima como podem configurar também traumas psicológicos, ou seja, podem sofrer um dano emocional como resultado das situações vivenciadas.  Esse dano pode levar ao medo, ao estresse, afeta o pensamento e comportamento da pessoa e pode comprometer a saúde física, mental e emocional.

 

Por mais que seja desafiador, precisamos ter a coragem de olhar para nossa história de vida e identificar as experiências negativas que vivenciamos e sentimos, inclusive o que reprimimos.  É normal reprimir as lembranças dolorosas ou traumáticas das experiências negativas e dos abusos vividos na infância, porém, a verdade é que nós não esquecemos esses fatos, não esquecemos o que passamos e sentimentos, nós apenas reprimimos essas memórias em nosso inconsciente. O tempo passa e o trauma continua lá. 

 

Como age a pessoa com baixa autoestima?

 

Aqui é preciso ter em mente que as pessoas são diferentes umas das outras, portanto, o que pode ter sido uma experiência negativa ou traumática para uma pessoa pode não ser nada para outra pessoa. E é por isso que é importante não tomar para si a verdade de outra pessoa, sim, encontrar a sua própria verdade, por meio da autoinvestigação e da autoobservação. 

 

Alguns comportamentos que podem ter causa na baixa autoestima:

 

  1. Não sabe dizer não
  2. Não sabe colocar limites
  3. Está sempre dependendo da opinião das pessoas
  4. Não valoriza o seu tempo
  5. Deixa de fazer as coisas por medo de ser julgada ou rejeitada.
  6. Sempre encontra culpados para sua situação, seus problemas ou erros
  7. Busca constantemente por elogios e reconhecimento de outras pessoas. 
  8. Costuma se comparar com outras pessoas, ainda que não revele a outras. 
  9. A procrastinação faz parte da sua vida.
  10. Tende a olhar para as situações da vida mais pelo lado negativo do que pelo positivo. 
  11. Tem dificuldade de expressar suas ideias.
  12. Costuma reclamar de tudo e de todos. 
  13. Não costuma reconhecer suas conquistas pessoais e tem dificuldade de aceitar quando vem falar sobre isso.
  14. Não gosta de receber elogios e tem dificuldade até mesmo de receber carinho de outras pessoas..

 

A baixa autoestima pode apresentar alguns sintomas que não estão claros para a maioria das pessoas, parecem comportamentos “normais”, mas que no fundo podem ser sinônimos da baixa autoestima:

 

1.Dificuldade de aceitar as próprias limitações.

2.Costuma pensar demais. 

3.Não consegue lidar com as críticas. 

4.Não confia nas próprias habilidades e opiniões. As pessoas acreditam muito mais nela do que a própria pessoa.

5.Muito autocrítica e dureza consigo mesma.

6.Perfeccionismo.

7.Timidez paralisante

8.Necessidade de inferiorizar as pessoas

9.Costuma se comparar com outras pessoas.

10.Medo de enfrentar desafios, de ser desaprovada ou rejeitada.

11.Ansiedade frequente

12.Agitação ou descontrole emocional.

13.Competividade em excesso ou necessidade de inferiorizar outras pessoas.

 

 

Consequências da baixa autoestima

 

A baixa autoestima impõe consequências drásticas às pessoas que vivem esse dilema. Imagine só conviver diariamente com inúmeros pensamentos desempoderantes que alimentam ainda mais as crenças de não merecimento, de não ser boa o suficiente, de não ser amada ou respeitada?

 

De maneira geral, esse acúmulo de pensamentos diários negativos acaba por gerar sentimentos também negativos. Na verdade a pessoa acaba por desenvolver um padrão mental, emocional e comportamental que se retroalimenta dia após dia a partir das experiências que vivenciamos diariamente. 

 

Uma pessoa com baixa autoestima sem dúvida sofre com as críticas e autocríticas, alimenta sentimentos de culpa, vergonha, insegurança e medos em vários contextos da vida. 

 

Os comportamentos mencionados acima, acabam por minar a vida da pessoa. É difícil, senão impossível, sustentar uma vida plena com tantos pensamentos, sentimentos e comportamentos que só reforçam a baixa autoestima. 

 

A energia e a força que precisamos para enfrentar os superar os desafios do dia-a-dia, para resolver as questões que se apresentam na vida pessoal e na vida profissional são utilizados para gerar o mínimo de sustentabilidade para a pessoa e aos poucos, vão sendo minados quase que num caminho sem volta.

 

Num cenário onde a baixa autoestima atinge níveis preocupantes,  O convívio com as pessoas muitas vezes pode se tornar um martírio e é comum as pessoas preferirem ficar em casa, jogada no sofá vendo TV, a tendência é pelo isolamento e o efeito pode se tornar cada dia mais grave. 

 

No trabalho, é muito comum que a produtividade fique menor, o trabalho deixa de ser uma fonte de alegria. Tem-se uma dificuldade muito maior de cumprir prazos, cuidar das demandas que são da sua responsabilidade e o medo de assumir responsabilidades e desafios maiores vem acompanhado do sentimento de incapacidade e impotência diante daquela situação. 

 

Não por acaso, a baixa autoestima pode levar a doenças físicas, transtornos mentais e emocionais. Atualmente a depressão, síndrome de pânico, crises de estresse e ansiedade, síndrome de bornout, síndrome do pensamento acelerado, só pra começar, podem ter facilmente uma conexão com a baixa autoestima. Afinal a dificuldade gerenciar o estado emocional ocasionado por tantos pensamentos e sentimentos negativos acabam repercutindo  no desempenho pessoal e profissional da pessoa e pode facilmente desencadear problemas como esses. 

 

 

Pilares da autoestima

 

São 4 os pilares da autoestima, dois deles relacionados ao contexto intrapessoal e dois relacionados ao contexto  interpessoal: 

 

1) Autoaceitação: refere-se à satisfação consigo mesma, é a postura positiva em relação a si mesma, com quem você é, com seu corpo e suas escolhas. 

2) Autoconfiança: é a certeza de que seja como for e que área da vida for, você sabe o que fazer ou vai encontrar um meio de fazê-lo; refere-se a uma postura positiva em relação ao seu comportamento,  desempenho, suas ações e capacidade de escolha. 

3) Competência Social: diz respeito à capacidade de estabelecer relações sociais saudáveis e duradouras com outros indivíduos, é viver o equilíbrio nas relações sociais. Aqui também entra a autonomia (autocontrole) emocional e a empatia, habilidades essenciais para esse equilíbrio.

4) Rede Social: A nossa rede de apoio é um dos pontos mais importantes no desenvolvimento e sustentação de uma autoestima saudável, em especial pela conexão profunda que mantemos com nossos entes queridos. Sendo assim, nossos relacionamentos com a família, nossos relacionamentos  afetivos ou de amizade importam e importam muito, principalmente quando saudáveis, são essenciais para reforçar a nossa autoestima e a noção de pertencimento..

 

Como desenvolver sua autoestima

 

Podemos pensar na autoestima a partir da satisfação das nossas necessidades básicas, desse modo, cuidados com a saúde física, mental e emocional são importantes para desenvolver e manter a autoestima, assim como se conectar com a sua missão de vida e  propósitos significativos bem definidos, a conexão profunda com as pessoas importantes da nossa vida também são pontos que merecem atenção.

 

Também é possível melhorar ou desenvolver sua autoestima com algumas atitudes pontuais, veja alguns exemplos abaixo:

 

1. Pare de se comparar com outras pessoas

 

A única comparação que estamos autorizadas a fazer é a comparação com o meu eu de hoje com o eu de ontem. A ideia é de que todo e cada dia sejamos um pouco melhor que ontem.

 

Já vivemos um mundo com um inconsciente coletivo que manifesta regras massacrantes  para as mulheres as quais são insustentáveis e tendem a piorar quando nos colocamos no espaço de comparar o corpo, o sucesso, o relacionamento, as conquistas e o que mais for com a realidade de outras pessoas. 

 

Somos únicas! Cada uma de nós tem sua própria história, complexidade, beleza e experiências. Não há uma única pessoa igual a você na face da Terra e por isso mesmo, ninguém é melhor que ninguém. 

 

2. Pratique a gratidão

 

Praticar a gratidão é um estilo de vida. O hábito de agradecer traz cura para as dores do viver, muda a forma como interpretamos as circunstâncias e o ambiente ao redor. A gratidão harmoniza nossas energias e, consequentemente podemos nos perceber mais otimistas, alegres, compreensivas e amorosas.

 

Ao desenvolver o hábito de agradecer podemos acionar a energia curativa do Universo e mudar as circunstâncias e o ambiente ao nosso redor.  

 

3. Livre-se da culpa

 

A culpa é simpesmente o maior algo da autoestima. Quando nos perdemos em pensamentos desempoderantes a respeito do que deveria ter sido, de como fizemos ou deixamos de fazer alguma coisa, quando alimentamos a culpa pelas situações que estamos vivendo, perdemos o poder para atuar e mudar a direção das nossas vidas. 

A culpa é uma maneira danosa e dolorosa de nos manter conectadas com o passado, na pior das suas perspectivas, e deixarmos de nos conectar com o presente, com o momento que estamos vivendo de maneira poderosa e única.  

 

4. Celebre suas conquistas 

 

O comum é que a gente espere “aquela” situação especial, aquela grande conquista que enfim pode ser digna de celebração. O que precisamos entender é que cada pequena conquista do dia-a-dia também merece ser celebrada, as pequenas vitórias cotidianas clamam por serem reconhecidas. 

 

A vida não é feita só de erros, cada desafio superado é um degrau na construção de uma vida plena e realizada. Cada pequena conquista merece ser celebrada como a vitória que representa, porque quase sempre representa a superação de si mesma, a superação de pensamentos e comportamentos limitadores. 

 

Então celebre! Celebre diariamente, das mais variadas formas possíveis!

 

5. Viva no momento presente

 

Só podemos construir um futuro diferente e melhorar nossa autoestima a partir dos pensamentos, sentimentos e ações que sustentarmos hoje. O  foco no passado não traz nenhum benefício, pelo contrário, reforça as crenças de incapacidade e não merecimento que criamos ao longo do tempo. 

Foque no momento presente com a consciência de que nada acontece por acaso e suas ações ou nào ações foram o resultado do melhor que você poderia fazer naquele momento, com seu conhecimento e condições da época. 

O mais importante é entender que a autoestima pode ser fortalecida ou mesmo ressignificada  no momento presente e, somente no momento presente. Não importa o que passou nem mesmo o que irá acontecer, é o fortalecimento da sua confiança em si mesma, das suas crenças de merecimento e capacidade que irão te ajudar a levar sua autoestima e suas crenças de identidade a outro patamar. 

 

 

Não consulte seus medos, mas suas esperanças e sonhos. Não pense sobre suas frustrações, mas sobre seu potencial não desenvolvido. Não se preocupe com os fracassos, acredite naquilo que você ainda realizará.(Papa João XXIII)

 

 

Então é isso!  🙂

 

Esse artigo acabou ficando um pouco longo, mas eu realmente pensei em trazer para você o máximo de informação possível, afinal esse é um tema considerado essencial para uma vida plena, sonhos realizados e qualidade de vida. 

 

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Te vejo no próximo artigo!

 

Com carinho, 

 

Kelly Coimbra

 

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