Hoje nosso tema é inteligência hormonal na prática. Se você quer saber como os hormônios funcionam e nos influenciam, continue com a gente. Esse assunto não é muito falado ou explorado, mas é muito importante para as mulheres.
A gente já vem conversando sobre isso, venho falando pra vocês que os hormônios são os responsáveis por sermos mulheres de fases. Existe até uma música sobre isso, e é importante dizer que não há nenhum demérito nisso; precisamos nos assumir como mulheres de fases. Temos nossas fases em função da nossa inteligência hormonal. A inteligência hormonal das mulheres é diferente da inteligência hormonal dos homens. Os homens são lineares, ou seja, há pouca flutuação hormonal.
Entendendo nossas fases
Quando entendemos que somos mulheres de fases e aceitamos esse fato sem sofrimento, passamos ao próximo passo.
As nossas fases são determinadas pelo nosso sistema, pela nossa Inteligência Hormonal. Não é algo exclusivo das mulheres, porém é diferenciado. O sistema hormonal humano – principalmente o feminino – funciona como uma orquestra perfeitamente harmônica. Cada acorde é fruto da emissão hormonal de cada molécula, ou instrumento, que compõe a sinfonia. Cada hormônio apresenta-se no momento determinado em que é solicitado.
Dentre outras coisas, os hormônios são responsáveis desde a concepção do bebê à diferenciação dos gêneros, por exemplo. E eles nos acompanham em praticamente todas as fases da nossa vida. No livro “A Inteligência Hormonal da Mulher”, o médico ginecologista Dr. Eliezer Berenstein esclarece que “as moléculas hormonais possuem “memórias comportamentais” que impõe ao sistema nervoso um padrão de pensamento consoante com seus objetivos perenes”, ou em outras palavras, o comportamento é coerente com as metas biológicas da espécie humana.
Ele segue esclarecendo que além das “memórias comportamentais”, essas moléculas possuem um imperativo de ação, a Inteligência Hormonal que influencia a Inteligência Intelectual e os sentimentos e emoções na Inteligência Emocional. Esse imperativo de ação inteligente são os impulsos ou instintos. Para entender os efeitos dos hormônios sobre nossas inteligência intelectual e emocional, é preciso compreender dois pontos importantes: i) o cérebro está constantemente mergulhado em hormônios e, ii) a diferença biológica entre os gêneros. No homem essa imersão é basicamente em androgênios, hormônios determinantes da masculinidade como a testosterona. Na mulher, esse “banho” hormonal e depende da fase da vida e do ciclo em que ela se encontra.
Na infância predominam os estrogênios em baixos níveis até a puberdade. Ao longo da adolescência, mesmo que em ciclos irregulares, estrogênio e progesterona existem como na vida adulta e as mulheres criam a condição para engravidar ou menstruar, quando não há a fecundação do óvulo. O climatério acontece por volta dos 50 aos 60 anos, quando pelo determinante cerebral, a mulher pára de ovular.
Vivemos essas fases porque temos a responsabilidade biológica de gestar, e passamos boa parte da nossa vida nesse período com os ciclos de ovulação, o que faz com que o ciclo menstrual seja algo comum e constante em boa parte da nossa fase adulta produtiva. Mesmo quando as mulheres entram na menopausa, são influenciadas por outros hormônios. E o grande problema é que podemos passar toda a vida sem ter consciência disso.
É a ciclicidade propiciada pela variação hormonal, a cada mês, uma das responsáveis pela maior adaptabilidade e criatividade inerentes às mulheres. Faz sentido, se o cérebro está invadido por esses hormônios, dependendo do ciclo e da fase, é óbvio que o resultado de sua ação será a composição dos “produtos mentais”, das emoções, pensamentos e impulsos que constituem nossa consciência com as características de cada hormônio.
Nossas ancestrais lidavam com os ciclos femininos de maneira muito natural. Entendiam suas fases, as influências dos hormônios em cada uma dessas fases e conheciam ferramentas, técnicas, ervas e conselhos para lidar com cada momento específico e essa sabedoria era muito natural.
Hoje, porém, vivemos um momento em que, de um lado existe uma forte cultura de “masculinização da mulher” pela ciência médica, no sentido de não considerar a mulher em sua complexidade, com um pensar feminino próprio e conectado com os níveis hormonais que explicam a nossa natureza cíclica e que, portanto, jamais poderia ser reduzida ao “ser contrário” ao homem com órgãos genitais femininos. E, de outro lado, um forte apelo de mulheres despertas que, cientes disso, estão buscando, reconectando, promovendo e expandindo os conhecimentos das nossas ancestrais sobre a sacralidade do feminino e da sua natureza essencialmente cíclica.
A meu ver, esse é o único caminho para promover o verdadeiro e absoluto empoderamento feminino. Qualquer estratégia que não considere essa “particularidade” será apenas mais uma tentativa insustentável de empoderar e transformar a qualidade de vida das mulheres.
É preciso se reconectar!
Quando nós, mulheres, começamos a entrar no mercado de trabalho, passamos a reproduzir um modelo masculino, muito focado no desenvolvimento intelectual, e acabamos nos desconectando da nossa inteligência emocional e da inteligência hormonal. Obviamente tivemos muitos ganhos com as conquistas da mulher, de ter a possibilidade de estudar e trabalhar, mas com isso também nos desconectamos de nossa essência feminina.
A inteligência hormonal traz qualidades ligadas ao feminino, como a empatia e o acolhimento, sendo a capacidade de entender nosso ciclo, entender como estamos ao longo do mês.
Hoje buscamos desenvolvimento pessoal e qualidade de vida. Contudo, ao tentarmos aplicar as ferramentas de produtividade, planejamento estratégico a nossa realidade, sem entender nossa essência, elas não irão funcionar. Precisamos entender que em cada fase do mês temos um padrão de funcionamento, de pensamentos e tomada de decisão, e manifestamos isso em nossos comportamentos e na maneira com que sentimos. Daí a importância de nos conectarmos com a nossa essência.
Ciclos femininos e os ciclos da natureza
É interessante fazer um paralelo dos nossos ciclos com os ciclos da natureza. Todas nós somos mães. Mesmo que muitas mulheres não tenham filhos, todas somos mães de projetos, de ideias, essa é a nossa natureza criativa, que dá vida.
Nosso ciclo mensal é muito semelhante às fases da lua (por isso muitos chamam o período menstrual de lunação), e também ao ciclo das estações.
Para facilitar nossa compreensão, vou fazer uma analogia do ciclo menstrual com as estações do ano. Primeiramente, vamos entender como nosso ciclo funciona.
Como funciona nosso ciclo
Nosso ciclo tem, em média, 28 dias de duração, podendo variar entre 23 e 35 dias. Consideramos o primeiro dia do ciclo o primeiro dia da menstruação.
Primeira fase
A primeira fase do nosso ciclo, também chamada de fase lútea, é a própria menstruação. Essa fase se assemelha ao inverno, porque temos necessidade de recolhimento, nossa energia fica um pouco mais baixa, com pouca disposição para atividades que demandam muita energia física ou mental. O que é completamente natural, já que o corpo foi todo preparado para uma gestação que não aconteceu. O corpo coloca para fora toda a preparação para a gravidez, e esse processo exige muito do corpo. Por isso queremos ficar mais recolhidas. Nessa fase, não há muita influência hormonal, já que não há liberação de hormônios. Nessa fase, sofremos influência de outras substâncias bioquímicas.
Segunda fase
Logo após a menstruação, começamos a fase folicular, quando temos a ação dos estrogênios. Essa fase corresponde à primavera, quando as coisas estão renascendo, ressurgindo e florescendo novamente. Sentimos muito mais energia, estamos muito mais bem dispostas, estamos de fato renascendo depois de um período de recolhimento. O estrogênio é o hormônio que dá as características do feminino. Sob a influência desse hormônio a mulher tende a ser mais feminina, a se cuidar e se embelezar mais. Esses hormônios agem até o décimo quarto dia do ciclo.
Terceira fase
Quando chega o décimo quarto dia do ciclo menstrual entramos no chamado período fértil. Nessa fase, o corpo está preparado para que o óvulo seja fecundado. Por isso ficamos cheias de energia e disposição para o ato sexual. Nesse momento, também estamos liberando testosterona (em baixa quantidade), que nos deixa mais ativas. Essa conjunção do estrogênio com a testosterona nos deixa mais sensuais e femininas. Esse é o momento de preparação para o ato sexual e para a gravidez. Esse período dura aproximadamente quatro dias. Essa fase do período fértil corresponde ao verão.
Quarta fase
A quarta fase corresponde ao período pré menstruação. Nessa fase somos influenciadas pelo hormônio progesterona, que é responsável por preparar o corpo para a gestação e a maternidade. A progesterona favorece a menstruação, a fecundação e o transporte do óvulo fecundado até o útero. Também ajuda na fixação do óvulo no útero e na lactação. A progesterona influencia o comportamento da mulher em relação à fase anterior, estando grávida ou não.
Essa fase corresponde ao outono, nossa energia muda em relação às fases correspondentes à primavera e ao verão. Nela, as mulheres passam a ter mais inchaço, e tensão pré menstrual, a famosa TPM e começamos também a sentir necessidade de recolhimento havendo maior possibilidade de acessar a intuição. Também é comum que surja irritabilidade e sensibilidade, e também maior necessidade de dar e receber proteção.
Como nos reconectar
Em primeiro lugar é preciso entender que é fundamental entendermos o funcionamento dos nossos ciclos. Por meio do conhecimento e aceitação de como se dão esses processos, podemos nos reconectar à nossa essência feminina, nos tornando muito mais autoconfiantes e realizadoras.
Precisamos falar sobre isso, nos aceitar e nos acolher, reconhecer a nossa natureza feminina. Por meio desse conhecimento entendemos que temos diferentes momentos de produtividade durante o ciclo menstrual.
É só por meio da aceitação e do acolhimento da nossa essência feminina que podemos ser muito mais realizadas e empoderadas!
Compartilhe esse artigo com uma mulher especial. Vamos juntas nessa caminhada de entendimento e aceitação dos nossos ciclos.
Com carinho,
Kelly Coimbra

Kelly Coimbra é Advogada, Empresária, Especialista em Produtividade e Desenvolvimento Pessoal de Mulheres.
Reprogramadora mental e vibracional, é ativista quântica, tendo estudado diretamente com o cientista e Phd em física nuclear, Dr. Amit Goswami, criador do Ativismo Quântico do qual é também multiplicadora.
Idealizadora do Método Nikke de Alinhamento Transformacional – uma proposta de reeducação transformativa e vibracional que potencializa o empoderamento feminino. Possui 4 e-books lançados e já realizou treinamentos e programas de autodesenvolvimento para mais de centenas de mulheres, tendo idealizado o primeiro programa de produtividade exclusivo para mulheres.
Presidente e fundadora das plataformas de educação Advogada de Alta Performance e Feminino Quântico, que utiliza conhecimentos e ferramentas de cura vibracional, transmutação de padrões emocionais e vibracionais negativos para promover resgate da identidade e integridade feminina, despertando nosso poder pessoal e de realização, ambos, é claro, para auxiliar mulheres a se tornarem mulheres mais produtivas, felizes, realizadas e realizadoras.