Muitas de nós mulheres estão a sofrer, manifestando em nossas mentes, corpos físicos e emocionais e em nossos relacionamentos as dores da desconexão com a nossa Unidade, a nossa essência interior. 

 

Poderia dizer que muitas estão presas a um dos piores tipos de prisão que pode existir que é o de viver com base no medo.

 

O medo, que nada mais é do que uma construção da nossa mente, pode se manifestar de inúmeras maneiras e pode estar relacionado aos nossos paradigmas sobre quem somos, o que somos capazes de fazer e o que somos capazes ou merecemos ter. 

 

A maioria desses medos têm origem na infância, quando incorporamos em nossa mente e emoções os paradigmas dos adultos que nos criaram ou da exposição frequente ao que ouvimos, percebemos, aos comportamentos, atitudes e manifestação de sentimentos de outras pessoas. 

 

Esses medos podem advir de bloqueios em nossa liberdade de ser e agir, quase sempre para sermos aceitas ou para nos proteger. É como uma tomada de decisão inconsciente, ou faço isso (ou deixo de fazer) e não serei amada, aceita, acolhida ou irei sofrer algum tipo de violência por não me adequar. 

 

A exposição repetida a situações como essas moldam as crenças de quem somos, nosso valor pessoal (autoestima), do que somos capazes de fazer (autoconfiança) e do que merecemos ter (se não tenho valor, também não merece ter ou não posso me afastar demais daquilo que os meus, que são melhores, já tem).

 

Os nossos medos funcionam como programações em nossas vidas e por vezes determinam  nosso nível de crescimento, de satisfação, de realização pessoal, de realização dos sonhos, da qualidade dos nossos relacionamentos.

 

Não bastasse isso, que é comum à maioria das pessoas, para as mulheres a coisa ainda é mais desafiadora. Crescemos e vivemos expostas a uma cultura que desmerece a mulher como potencial realizadora, que desmerece o poder da mulher e subjuga sua capacidade reduzindo-a à forma física que ela apresenta ou à sua capacidade de parir, de acudir a prole. 

 

Crescemos numa cultura que não acolhe a mulher em sua inteireza, a começar pela ignorância de que somos mulheres cíclicas, que temos fases e, que portanto, ao longo de um único mês temos 4 fases diferentes relacionadas ao ciclo menstrual, com produções hormonais diferentes e com reflexos diferentes na nossa energia, disposição, emoções, pensamentos e influência nos relacionamentos.  Fomos ensinadas a pensar que isso não é normal, que manifestar nossas diferentes fases é mimimi, frescura, coisa de mulherzinha.

 

Crescemos numa cultura machista que explora a mulher para satisfação dos interesses masculinos, objetificando nossos corpos, impondo uma padronização cruel e desumana às nossas diferenças, construindo um ideal coletivo irrealizável e patético do que seria o belo, o aceitável, o admirável e punindo com a rejeição aquelas que, pelo motivo que seja, não se encaixam nesse modelo idealizado de beleza e conduta. 

 

Nós temos nosso valor atrelado a questões externas a nós mesmas e quase sempre precisamos fazer muito mais que o necessário para não deixar dúvidas quanto à nossa capacidade e potencial de realização, isso sem falar em todo o desgaste que gera ser bombardeada a todo o tempo como a responsável pelas situações de violência que sofremos, muitas vezes por pessoas que dizem nos amar.

 

E aí novamente o medo toma lugar. Medo de ser quem você é, de fazer o que gostaria, de vestir-se como gostaria, de não ser aceita, de ser julgada, de não ser amada, de não atender aos padrões, de envelhecer, de ser criticada ou rejeitada, o medo de falhar ou de não dar certo tomam assento no banco da direção e assumem o volante da vida de boa parte dessas lindas, poderosas e competentes mulheres.

 

 

E é isso que causa a dor, que causa o sofrimento. Que nos faz procrastinar ou mesmo sabotar nossa própria vida e  felicidade.

  1. Nunca termina o que começa.
  2. Tem uma dificuldade imensa de tomar decisões/fazer escolhas.
  3. Não consegue dizer não para as pessoas.
  4. Não se arrisca a enfrentar os desafios profissionais porque tem medo de não conseguir ou de não dar certo.
  5. Não consegue fazer todas as coisas que gostaria ao longo do dia.
  6. Sente que não está sendo produtiva.
  7. Acorda de manhã pensando “que droga, tenho que ir trabalhar de novo”.
  8. Vive se envolvendo em relacionamentos afetivos com pessoas que não lhe valorizam.
  9. Acha que não é boa o suficiente.
  10. Está insatisfeita com seu o corpo e/ou nunca consegue manter o peso desejado.
  11. Gostaria de estar fazendo outra coisa profissionalmente, mas tem medo de mudar.
  12. Sabe o que fazer para ter a vida que gostaria, mas não consegue sair do lugar.

 

O importante aqui é tomar consciência de que nada disso aí tem poder para te impedir de ser ou fazer o que quiser! Se hoje você se sente travada em relação a algum dos itens dessa lista ou outros pontos que não estão aí, é porque você está agindo conforme os paradigmas que inconscientemente adotou como seus ou como verdadeiros e que muitas vezes representam um baita conflito interno, desses que a gente não sabe como resolver ou nem mesmo reconhece que existe.

 

Esses paradigmas, em sua maioria, representam um compromisso com algo específico em busca de obter um determinado resultado. Por exemplo, você passou por alguma situação de humilhação ou vergonha extrema quando criança, então você decide que nunca mais alguém vai fazer você passar por isso de novo, existe um compromisso aí, o compromisso de evitar a dor da humilhação ou da vergonha. 

 

E passamos uma existência honrando esse compromisso e ao nos depararmos com a menor ameaça de viver algo semelhante novamente, acionamos tudo o que for necessário para afastar definitivamente a possibilidade da dor. Procrastinação e autossabotagem são instrumentos poderosos nesse sentido. 

 

O que não  percebemos é que esse compromisso no sentido de evitar a dor foi feito num momento específico e diante de uma circunstância e resultados específicos. Você já não é mais a mesma pessoa vivendo exatamente o mesmo momento, você é uma mulher adulta, inteligente, forte e capaz, ou seja, você tem todos os recursos internos de que necessita para lidar com qualquer situação que aconteça da melhor maneira possível. Todavia, o que a maioria das pessoas faz é assumir a postura daquela criança/pessoa ferida e agir como se fosse ela.

 

Atitudes como essas também demonstram o quanto estamos desconectadas de nós mesmas. E estamos desconectadas de quem somos em essência!  Fizemos para nos proteger ou para sermos aceitas, são conflitos internos. Esses conflitos internos podem ter vários reflexos, mas e em dois casos eles se mostram muito graves: quando refletem em baixa autoestima e falta de autoconfiança, dois elementos indispensáveis para que você possa ser uma mulher poderosa, plena, feliz, realizada e com muitas realizações.

 

E eles, os conflitos, ocorrem por estarmos afastadas da nossa essência e desconectadas do nosso poder pessoal, e,  tem um preço elevadíssimo: custa a nossa autoexpressão, custa a nossa vitalidade, custa o nosso poder pessoal, a saúde, a autenticidade, custa a qualidade dos nossos relacionamentos interpessoais.

 

Somente quando pudermos entrar em contato com a nossa verdadeira essência, num profundo e verdadeiro resgate da nossa identidade e integridade, é que seremos capazes de trazer luz a esses acordos, compromissos feitos para nos proteger e que em nada refletem a verdade que somos. Longes do lar da sua Alma, as mulheres acabam se cansando. 

 

Quando, porém, ela se encontra conectada à sua natureza feminina selvagem, originária, ela se sente inteiramente dona de si mesma, ao invés de se sentir fora de si mesma, a se perguntar se está agindo corretamente, se está pensando certo. É um estado de ser que é coeso, um estado de comunhão consigo mesma, que pertence à Alma e à natureza feminina. ✨

 

 

A volta periódica a esse estado de conexão consigo mesma é o que reabastece suas reservas psíquicas para seus projetos, sua família, seus relacionamentos e sua vida criativa no mundo objetivo. ⠀

 

Então, é essencial criar ou resgatar os momentos de retorno ao lar da nossa Alma, onde podemos nos conectar com a nossa essência e a nossa intuição. Sem isso vamos nos perdendo de nós mesmas e definhando em todos os aspectos. Cuidar de si mesma é, além de um ato de amor próprio, um ato de amor por aqueles a quem amamos! ⠀

 

Aqui tenho um convite pra você: que é o de se permitir trilhar uma nova trajetória, encontrar o melhor de si mesma e despertar todo o seu potencial de realização, pois assim é possível caminhar em direção à realização dos nossos objetivos mais desejados, em direção a ser uma verdadeira mulher quântica, ou seja, uma mulher realizada e realizadora.

 

A dica que eu deixo pra você começar esse processo de reconexão é bem simples: tire um tempo para si mesma, sozinha, em contato com a mãe natureza. Pode ser uma caminhada no parque, uma meditação ou ler um livro num jardim bem lindo. Não precisa ser muito, mas eu te garanto que você sairá com a bateria renovada e reconectada consigo mesma, seu poder, amor  e intuição. 🔋🍂🌷 ⠀

 

Se você gostou desse artigo, conta pra mim o que mais despertou sua curiosidade, sobre o que você gostaria que eu falasse mais ou mesmo sobre os insights que você teve. Eu vou amar saber! 🙂

 

Com carinho, 

Kelly Coimbra 

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