Já parou para pensar no que deixou de fazer simplesmente por ser mulher?
Já deixou de passar por determinada rua, de usar uma roupa, desistiu da profissão, já deixou de denunciar um abuso por medo ou vergonha, já mudou de calçada ao ver um grupo de homens para não ouvir absurdos ou por medo mesmo, já ficou em silêncio quando não respeitaram sua fala?
Há muito mais exemplos, milhares deles eu diria, envolvendo nossa atuação profissional, nosso emocional ou nossa aparência física.
No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher é importante refletir sobre o que estamos a comemorar, sobre porque comemoramos esse dia, e se, de fato, temos o que comemorar!
Historicamente, o “dia da mulher” ocorreu em vários países em datas diferentes a partir do início do século XIX, quando eram realizadas conferências, debates, reuniões e encontros de mulheres, sempre ligados à luta e reivindicações por melhores condições de trabalho e direitos sociais e políticos.
Quando eu olho para trás e vejo tudo o que nós mulheres fomos capazes de fazer e conquistar desde que começamos a nos unir em prol disso, após anos sendo subjugadas em nossa inteligência e capacidade, anos de desrespeito e vozes silenciadas, eu sinto, sim, um orgulho imenso de ser mulher!
Sinto um orgulho danado também por ser advogada! As mulheres advogadas, não sendo mais nem menos que outras mulheres, representam um papel importantíssimo nessas conquistas. Conhecedoras das leis e da desigualdade prática do direito, boa parte dessas profissionais estão a todo tempo na comissão de frente pelas reivindicações em prol das mulheres. Não por acaso, todos os direitos sociais, trabalhistas em especial, e direitos políticos foram conquistas dos movimentos organizados e encampados quase que exclusivamente por mulheres e as advogadas são verdadeiros agentes dessas mudanças, de (re)construção desse espaço onde a mulher seja reconhecida e respeitada inclusive por suas diferenças.
Todavia, “as desigualdades de gênero permanecem profundamente arraigadas nas sociedades. Muitas mulheres não têm acesso a um trabalho decente e ainda têm que enfrentar as disparidades salariais ocupacionais de segregação e de gênero. Muitas vezes lhes são negados o acesso à educação básica e saúde. Mulheres em todas as partes do mundo sofrem violência e discriminação. Eles estão sub-representadas nos processos decisórios na política e na economia”[1].
O que é i
mportante aqui?
É entender de uma vez por todas que, por mais que tenhamos ficado muito tempo à margem da sociedade, estamos agora dispostas a construir esse espaço de participação da mulher, de representatividade feminina, de respeito pelas nossas diferenças, de valorização da mulher. E, principalmente, de levar essa mensagem a outras mulheres que sequer percebem que isso acontece.
Queremos nos fazer ouvidas nos espaços de poder, pois ninguém melhor que as mulheres para levantar a bandeira do que precisamos e queremos (licença-maternidade, por exemplo, foi uma conquista encampada pelas mulheres). Mas, para isso precisamos ocupar esses espaços de poder!
Queremos a eliminação da violência de gênero, porque estamos cansadas de chorar pelas inúmeras Marias que são agredidas e mortas diariamente, às vezes longe de nós, às vezes ao lado de casa, pelo sentimento de propriedade e poder que muitos homens ainda sentem em relação às mulheres.
Queremos a equiparação de remuneração, pois não faz o menor sentido que mulheres tenham uma remuneração menor exercendo exatamente a mesma função (e veja que isso acontece, inclusive, nas atividades que demandam exercício intelectual, pasme)!
Queremos a participação efetiva dos pais na educação dos nossos filhos, porque isso não é favor, isso é obrigação partilhada é demonstração de amor pelos filhos.
Mas, queremos, acima de tudo, que os homens façam parte dessa mudança! Que os nossos companheiros, pais, amigos, irmãos, filhos, chefes, colegas de trabalho entendam que a sua mãe, esposa, filha ou irmã sofre com tudo isso diariamente e que somente a consciência disso e o comprometimento efetivo com a mudança de comportamento, com um nova forma de criar os filhos, de compartilhar com os amigos é que pode realmente reduzir essas estatísticas horríveis sobre mulheres.
Que a mulher assuma seu poder pessoal!
Eu, em particular, quero que a mulher assuma seu poder pessoal e se assuma como agente de transformação da sua realidade. Não existe protagonismo para quem vive como vítima. A consciência nos dá a clareza de que há muito a ser feito e que em algum momento (ou muitos deles) sofremos o efeito do machismo institucionalizado, mas a única mudança possível só acontece quando essa mulher se levanta e encara essa realdade, não mais na condição de vítima, sim na condição de responsável pela mudança que ela quer ver no mundo.
E eu quero isso sendo bem mulher! Porque eu não preciso anular minha feminilidade, sensibilidade, intuição, eu não preciso me “vestir” de características masculinas para provar meu valor, minha inteligência ou poder. Nós podemos transformar o mundo sendo quem somos!
E que possamos construir esse mundo buscando o equilíbrio, sem ele não será possível sustentar qualquer coisa sem que haja o prejuízo para um dos lados e isso não é igualdade, isso não é respeito, isso não é empatia, muito menos amor!
É meu sincero desejo que em algum dia da minha vida ainda possamos comemorar o Dia da Mulher com outro discurso, porque esse já não cabe mais!
Enquanto isso não acontece, mãos à obra! Parafraseando uma frase que ouvi no histórico evento I Encontro das Advogadas Criminalistas: Eu vesti a camisa do empoderamento feminino! Mas, eu não vesti somente a camisa, eu coloquei a saia e subi no salto! 💃
Um Feliz Dia da Mulher a todas as Mulheres! Com rosas, sem rosas, sendo rosas porque você, mulher, pode ser, fazer e ter o que quiser! 😍
Vem comigo! Vamos juntas! 💃🏻🦋💜✨

Kelly Coimbra é Advogada, Empresária, Especialista em Produtividade e Desenvolvimento Pessoal de Mulheres.
Reprogramadora mental e vibracional, é ativista quântica, tendo estudado diretamente com o cientista e Phd em física nuclear, Dr. Amit Goswami, criador do Ativismo Quântico do qual é também multiplicadora.
Idealizadora do Método Nikke de Alinhamento Transformacional – uma proposta de reeducação transformativa e vibracional que potencializa o empoderamento feminino. Possui 4 e-books lançados e já realizou treinamentos e programas de autodesenvolvimento para mais de centenas de mulheres, tendo idealizado o primeiro programa de produtividade exclusivo para mulheres.
Presidente e fundadora das plataformas de educação Advogada de Alta Performance e Feminino Quântico, que utiliza conhecimentos e ferramentas de cura vibracional, transmutação de padrões emocionais e vibracionais negativos para promover resgate da identidade e integridade feminina, despertando nosso poder pessoal e de realização, ambos, é claro, para auxiliar mulheres a se tornarem mulheres mais produtivas, felizes, realizadas e realizadoras.