Eu começo esse artigo desafiando você a pensar em alguma pessoa (mulher ou homem) que te remeta à ideia de poder, força, autoconfiança e liderança. Todos nós temos ao menos uma pessoa, famosa ou não, que nos traz à mente esse ideal. Também temos claro na mente pessoas que passam a mensagem de derrotadas, sem energia, deprimidas ou com baixa auto-estima, não é verdade?

A questão é: o que diferencia essas pessoas?

Se você quer saber a resposta a essa pergunta ou ainda não está certa sobre ser essa pessoa que transmite poder e autoconfiança, fique comigo neste artigo, nele eu trarei a surpreendente verdade sobre o poder da comunicação da advogada de sucesso.

 

A comunicação humana é maravilhosa

 

Todos sabemos que o homem (ser humano) tem uma forma de exprimir suas ideias, vontades e sentimentos, que é a linguagem. A linguagem permite ao homem se comunicar consigo mesmo ou com outras pessoas, usando para isso a comunicação verbal e a não verbal. A comunicação humana é algo tão maravilhoso que nós a praticamos todos os dias, mesmo inconscientemente, sem nos darmos consta disso. Por outro lado, é preciso ter em mente que se a linguagem não é eficiente a comunicação pode não ser efetiva.

Pois bem, por comunicação verbal, podemos entender o uso das palavras faladas e, por comunicação não verbal, a postura, o gestual, as expressões faciais e a entonação vocal de cada pessoa.  Na prática todos temos um padrão linguístico verbal e não verbal pessoal, e a realidade que vivemos é totalmente congruente com isso, a nossa própria comunicação.

O que pouco se fala é que nós criamos a nossa realidade de acordo com aquilo que nós comunicamos para nós mesmos e para os outros. Como assim, Kelly? Parece confuso, eu sei, mas não é!

A verdade é que os meus pensamentos são o resultado do meu diálogo interno, que, por sua vez, determinam minhas emoções e sentimentos que, por sua vez, determinam minha comunicação verbal e não verbal. Ufa!

Não por acaso, uma pessoa que vive com problemas financeiros, de saúde ou de relacionamento, possivelmente tem como padrão linguístico verbal palavras negativas, reclamações, tendência a ver e falar sobre o lado negativo das coisas, ao mesmo tempo em que ostenta uma postura corporal que reflete esse estado emocional. Não é difícil perceber quando uma pessoa está zangada, nervosa, triste ou irritada. Não só as nossas palavras podem comunicar o que estamos pensando e sentindo, também o nosso corpo o faz.

 

“Sem conhecer a força das palavras, é impossível conhecer os homens” – Confúcio

 

“No princípio era o Verbo…” – João 1:1.  Na comunicação verbal, as palavras são um importante instrumento para expressar e partilhar nossas experiências com outras pessoas, o problema é que a maioria das pessoas não entende que as palavras que habitualmente escolhem também afetam como se comunicam consigo mesmas e também o que experimentam da vida.

No livro “Desperte seu gigante interior”, Tony Robbins um dos principais responsáveis pela popularização da Programação Neuro-linguística (PNL) afirma:

“pessoas com vocabulário empobrecido levam uma vida emocional empobrecida; as pessoas com um vocabulário rico possuem uma palheta multicolorida para pintar suas experiências, não apenas para os outros, mas também para si mesmas”.

Qual é a qualidade do seu vocabulário, das palavras que tem usado na vida? Temos que nos certificar que nossas palavras não façam da nossa vida um “inferno”,  oois o nosso padrão linguístico verbal moldará o nosso destino.

Já dá pra começar a ter uma ideia de porque os grandes líderes se diferenciam, não é?  Basta observar que o vocabulário usado por eles demonstra força, autoridade, felicidade, flexibilidade  porque eles reconhecem o poder do vocabulário, ainda que inconscientemente.  Eles sabem que “as palavras formam os fios com os quais tecemos nossas experiências.”  (Aldous Huxley)

Pois,  tem mais! Ainda não falamos sobre a linguagem não-verbal!

 

“A coisa mais importante em comunicação é ouvir o que não está sendo dito” (Peter Drucker)

 

A expressão “o corpo fala” tem fundamento! A linguagem não-verbal desempenha papel principal na nossa comunicação, sendo responsável por aproximadamente 90% da presença que marcamos, seja ela positiva ou negativa, por meio da nossa postura, trejeitos, expressões faciais.

Um estudo científico conduzido na Universidade de Harvard apresentado em 2010 revolucionou o que se pensava sobre a linguagem corporal, pois, além de demonstrar como a comunicação não-verbal influencia as percepções de outras pessoas sobre nós, também demonstrou como nosso corpo pode afetar diretamente a nossa mente e a nossa química corporal (hormônios).

Ora, é fácil entender como a nossa comunicação verbal afeta as percepções de outras pessoas porque somos capazes de reconhecer no outro essa postura de poder e força ou, em caso contrário, de submissão e baixa auto-estima.  E, falando especificamente do universo da mulher advogada, vale a pena mencionar um recente artigo publicado pela CONJUR, em que a ex-promotora federal em Washington, D.C., Allison Leotta, escritora de cinco livros de sucesso, escrevendo para o Jornal da ABA (American Bar Association) argumenta que a linguagem corporal dos advogados e promotores que atuam no Tribunal do Júri é tão crucial quanto a eloquência verbal, afirmando ainda:

É uma pena que as faculdades de Direito não incluam a linguagem corporal no currículo. Por isso, muitos advogados nunca usam esse recurso durante um julgamento. Já vi muitos advogados e promotores totalmente crus nessa ‘disciplina’, o que me deu uma chance de perceber o que estava errado e trabalhar no meu próprio desempenho.”

Mas, não só no Tribunal do Júri! A comunicação-não verbal influencia diretamente nas relações com clientes, colegas advogados, promotores e magistrados, nos círculos pessoais, e influencia, sobretudo, nossa mente e nossa capacidade de gerenciar nossas emoções.

Tony Robbins, no livro “Poder sem limites” nos mostra que a fisiologia é o mais poderoso instrumento que temos para mudar um estado e produzir resultados dinâmicos.  Refazendo nosso padrão linguístico corporal, podemos alterar os resultados imediatamente. Para cada postura, resultados diferentes.

 

Já Amy Cuddy, psicóloga social, pesquisadora e professora da Universidade de Harvard  distingue dois tipos de posturas corporais principais: o das pessoas “poderosas” e das pessoas “sem poder” e a imagem ao lado é um bom exemplo disso.

Cuddy, afirma ainda que mudar o modo como nos posicionamos, mudar a nossa postura, altera a química do nosso cérebro e afeta diretamente o que sentimos, que tipo de hormônios estamos produzindo. A palestra dela no Ted Talks é uma das minhas preferidas e estou certa que você vai gostar também.

 

A Mulher Maravilha e a surpreendente verdade sobre o poder da comunicação da advogada de sucesso

 

Depois de tudo o que vimos, nem é preciso dizer que as pessoas poderosas expressam naturalmente essas poses de poder, certo?  Também não seria preciso, mas vale a pena reforçar, que pessoas poderosas são líderes naturais, conseguem as melhores posições e destaque, são mais bem sucedidas e felizes.

O importante aqui é entender que se você quiser ser uma advogada bem sucedida (e poderosa!), poderá fazer uso da sua comunicação não verbal para fazer com que isso aconteça, simplesmente alterando a sua postura e produzindo uma química cerebral diferente.

“Sabemos que nossa mente muda nosso corpo, o que não sabíamos é que nosso corpo muda nossa mente ainda mais rápido. Como também fazer poses de poder por alguns minutos pode realmente mudar sua vida de maneira significativa, aumentando o nível de testosterona e diminuindo o cortisol.”  (Amy Cuddy)

Numa das poses de poder trazida por Amy Cuddy ela fala da postura da Mulher Maravilha, que se praticada por 2’ ao dia, aumentará a produção de testosterona e a sensação de poder, força e assertividade. Manter uma postura corporal de poder e vitória – a da Mulher Maravilha –, como visto, faz com que o cérebro produza testosterona e reduza o cortisol, o que, automaticamente muda o próprio comportamento e nos torna mais confiantes, com o super bônus de passar a transmitir uma imagem mais sólida, forte e empoderada.  Essa é a verdade sobre o poder da comunicação da advogada de sucesso.

O que esse importante estudo traz é a descoberta de que está ao alcance de qualquer pessoa desenvolver o segredo das pessoas poderosas e assertivas. Para isso não é necessário dinheiro, conhecimentos elaborados, tampouco tempo gastos em cursos ou coisas do gênero, basta ter a capacidade de reconhecer em si mesma qual o tipo de emoção e comunicação que você está demonstrando e tomar a decisão de mudar isso pela simples mudança postural.

E para você que busca ser uma advogada bem sucedida ou desenvolver autoridade e liderança, é imprescindível entender que a comunicação verbal e a não-verbal afetam diretamente a sua capacidade de influenciar pessoas, gerar empatia, gerenciar emoções próprias e dos outros, compartilhar conhecimento, de, em outras palavras, ser ouvida e ter sua autoridade reconhecida.

Se você leu até aqui, você já tem o conhecimento e agora lhe cabe decidir sobre executar e praticar essa postura de poder. Eu, como mulher advogada e fã, sugiro a prática da postura da Mulher Maravilha, demanda pouco tempo e esforço, funcionou (e ainda funciona) para mim, como tem funcionado para minhas coachees.  J

Obviamente, ter e manter uma comunicação de poder e sucesso é uma habilidade e o desenvolvimento de uma nova habilidade requer três coisas: conhecimento + execução + prática. Caso você esteja pensando que é difícil mudar, trago um velho ditado: Se você quer ser poderoso, finja que é poderoso”.  Ou, como diria Amy Cuddy:finja até se tornar.”

Espero que você tenha gostado do artigo e, se fez sentido para você ou se você acha que pode auxiliar outras mulheres advogadas, compartilhe! A corrente do bem nunca para!

É uma alegria para mim falar sobre isso para você, como também te ouvir, se você tem alguma sugestão, elogio ou ponderação, deixe nos comentários que eu vou gostar de saber.

 

Vem comigo!  #boraSERmais #assumaseupoderpessoal

 

*Imagens obtidas da internet
Comments are closed.